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Márcio da Silva Bohrer,24 anos http://www.twitter.com/marciossilvaa Agora completamente inclinado para o Jornalismo, e a Fotografia.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Piano. Luxo para Poucos, Arte para Todos




 Controlado pelas mãos do maestro que pressiona cada tecla com amor e louvor, capaz de tocar o íntimo do mais xucro ser humano e embalar cerimônias, festejos, gracejos e serenatas. Instrumento de cordas complexamente afinadas, o piano faz parte de todas as gerações da raça humana desde que foi criado. De derivados preços, liso ou esculpido, em madeira é formado o instrumento musical que faz cair boquiaberto o mais apaixonado e ao menos chama a atenção dos indiferentes com sua delicadeza e graciosidade de sons.
O piano por longos anos foi o objeto mais importante das residências, não apenas pelo seu tamanho que pode ocupar o espaço de uma cômoda ou uma cama, mas por que na época onde não havia nenhum tipo de mídia de comunicação de massa, as pessoas reuniam-se na casa do vizinho que possuída um piano, para ouvi-lo tocar cantigas e músicas. Não foi diferente na pequena vila Barril.
Quando quaisquer tipos de comunicação como, por exemplo, o rádio que seria a grande revolução na comunicação de massa existiria apenas centenas de anos depois, o piano já estava presente nas famílias com maior poder de aquisição na Vila Barril.
Na época, a colonização da Vila, então distrito de Palmeira das Missões, era administrada pelo Engenheiro Frederico Westphalen, responsável pela divisão e venda de terras para as famílias descendentes de europeus que vinham do sul do estado, já super habitado, em busca de melhores condições de vida e de construir o seu espaço. Futuramente a vila receberia o nome daquele que foi o grande arquiteto, construtor e mentor da Frederico Westphalen.
Um piano foi adquirido pela Família de Vitalino Cerutti. O instrumento de cordas era de origem francesa, fabricado em 1901. Um dos primeiros destes vistos na região, chamava a atenção pelos detalhes em madeira, cuidadosamente esculpidos com talha e martelo, o piano realmente era uma atração a parte na residência da Família Cerutti.
Passados muitos e muitos anos, o piano creditou-se a ser um artigo de luxo, ainda maior que na época. Mesmo com a inclusão de mídias de comunicação de massa, como o rádio, a televisão, o telefone fixo e móvel, a internet entre outros, controlando a maior parte do tempo do ser humano moderno, o piano é não só valor material, mas pessoal.
Postado no museu da história de Frederico Westphalen, gentilmente doado pelos Cerutti, o piano francês faz com que todos que visitam o museu, dêem ao menos uma olhadinha num pedaço da história do município contada por teclas e partituras.
Não é a toa que se for pesquisado hoje, um piano de cauda autêntico francês, esculpido e embelezado pode custar mais de meio milhão de reais, é claro que há também os mais acessíveis por pouco mais de quinze mil reais. Luxo para poucos, arte para todos. Mesmo com a mídia digital em êxtase no mercado mundial, o piano foi, é, e será por longa data sinônimo de arte e cultura.

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