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Márcio da Silva Bohrer,24 anos http://www.twitter.com/marciossilvaa Agora completamente inclinado para o Jornalismo, e a Fotografia.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Uma página no Zero Hora sobre o filme Cromossomo 21

Na edição do dia 21 de agosto, o jornal Zero Hora destacou no Segundo Caderno, a produção do longa- metragem Cromossomo 21, que começa a ser rodado no mês de outubro. A reportagem foi assinada pelo editor chefe do Segundo Caderno Ticiano Osório, que escreveu um texto voltado para as expectativas de Adriele Lopes Pelentir, na pele de Vitória, a protagonista do longa. Intitulado “Um romance down”, o jornalista revelou os anseios da jovem em enfrentar as cenas do primeiro beijo e a indecisão entre o amor de dois rapazes.




Aqui, você confere a reportagem na íntegra:

Um romance Down

Filme do interior gaúcho quer abordar a sexualidade dos portadores da síndrome
O primeiro beijo gera sempre um misto de medo e euforia para qualquer garota, que é capaz de tropeçar nas tantas indagações que formula a si própria e às amigas: faço o que com a língua? Que gosto tem? E se ele usa aparelho?

Agora imagine se esse primeiro beijo, em vez de rolar naturalmente, estiver programado para acontecer, com data e hora marcada, e não em um recanto íntimo, mas em frente a câmeras de vídeo e uma equipe de gravação.

E imagine se você tiver que falar sobre isso não para alguém da sua patota, mas para um jornalista – ou seja, uma pessoa que, supostamente, vai detectar e documentar cada reaçãozinha – e na presença de sua mãe.

Por fim, imagine ser uma pessoa dona de uma enorme afetividade, mas para quem, aos olhos dos outros, o ato de extravasá-la em namoro, sexo e afins costuma ser um enorme tabu.

Pronto: você está na pele de Adriele Lopes Pelentir, uma garota com síndrome de Down que vai protagonizar um filme romântico.

Esse contexto explica o frisson que marca a conversa com Adriele, 23 anos, sobre Cromossomo 21, filme independente que deve começar a ser rodado em outubro, em São Luiz Gonzaga. É um triângulo amoroso entre a Down Vitória, um cara “normal” e um outro rapaz com um cromossomo a mais (interpretado pelo porto-alegrense Fernando Moreira Barbosa, 21). A sinopse promete, como “diferencial do projeto”, abordar um tema inédito no cinema, a sexualidade dos portadores da síndrome – o que não é lá tão verdade: o belo drama franco-belga O Oitavo Dia (1996) sugeriu uma cena de sexo entre Downs; o premiado documentário brasileiro Do Luto à Luta (2005) acompanhou dois jovens às vésperas do casamento e após a lua de mel.


– Não queremos provocar polêmica, mas reflexão – ressalta o diretor do longa, Alex Duarte, que, por meio de rifas e promoções, ainda busca apoio financeiro para captar os R$ 30 mil previstos no orçamento (interessados em ajudar podem acessar o site www.cromossomo21.com.br).


Publicitário de 23 anos formado na Unijuí, Alex conta que, no Interior, uma névoa de preconceito e vergonha ainda encobre a questão do Down. “Existem famílias que escondem os filhos em casa”, afirma. Sua protagonista, Adriele, acrescenta:


– Este filme mostra que nós somos capazes de ser felizes.



Apesar da pouca idade, Alex já tem um currículo. Em 2002, com apenas 16 anos e R$ 300 no bolso, realizou – em VHS – o suspense O Quinteto, que em 2003 ganhou continuação, Jovens em Pânico. Depois de mais duas ficções, ele dirigiu em 2009 o documentário Unidos para o Amanhã, sobre a homônima ONG de São Luiz Gonzaga que reúne pais de portadores de Down.



Foi então que conheceu Cleusa Lopes e sua filha Adriele, hoje parceira de baladas de Alex. Ativa e comunicativa, Adriele ganhou um documentário para chamar de seu: A Hora da Estrela (título dado por ela mesma), sobre o atribulado dia a dia da garota – aluna de Fisioterapia na URI, ela também faz ou já fez natação, balé, capoeira, piano, tricô e equoterapia, e mantém uma rede de amizades via Orkut, MSN, Twitter, celular. Adriele guarda ótimas recordações da exibição do curta em um festival de Vitória (ES).

– Todo mundo ficou pasmo. Quando terminou, gritaram meu nome. Chorei de alegria.

Após a sessão, houve uma festinha.

– Fomos eu, minha mãe e o Alex. Tinha um rapaz que queria ficar comigo. A mãe queria que eu voltasse para o hotel com ela, mas esperneei e continuei na festa. Ele era de uma banda, não sei o nome dele. Pediu para ficar comigo. Eu disse: “Não quero”. Ele perguntou por quê. “Porque tu bebe demais e fuma”.

Cleusa, a mãe de Adriele, diz que o roteiro de Cromossomo 21 a pegou meio de surpresa. Não ficou assustada, mas preocupada, pois, ainda que Adriele tenha amigos homens e que o papo sobre namoro não seja proibido em casa, “a ficha não tinha caído”.

– A Adriele está indo em uma psicóloga. Queremos que ela entenda a diferença entre a realidade e a ficção, entre a vida dela e o papel que vai desempenhar no filme.

Adriele ainda não ensaiou a cena do beijo – aliás, diz que só vai dá-lo na cena propriamente dita, e em uma única tomada.

– Não – retruca Alex. – Tem ensaio. Tu sabes.

– Ai, Alex, não me deixa mais constrangida do que já estou!


No que o fotógrafo de ZH avisa que o estúdio já está pronto para ela e Fernando, Adriele joga fora o encabulamento e cata na bolsa o batom para pintar os lábios que um dia hão de beijar, pois que Adriele é vaidosa – como qualquer garota.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Cromossomo 21

http://www.cezarmiranda.com/novo/noticia.php?id=1709


Down ganhará as telas de cinema

Débora Cordella e a filha Rhaíssa, portadora da Síndrome de Down

Está em fase de produção um dos filmes de maior impacto emocional já produzidos no Brasil. Trata-se do longa Cromossomo 21, onde o tema central é o relacionamento amoroso entre dois jovens adolescentes, sendo que a atriz principal é portadora da Síndrome de Down, enquanto o rapaz não.
Desde que começou a ser produzido, o filme já vem atraindo a atenção de muitas pessoas, tanto daquelas que têm ligação com portadores da Síndrome, quando de especialistas no assunto e também pessoas ligadas à acessibilidade.
Uma das pessoas que vem participando ativamente dos debates em torno do assunto que será tratado no filme é a professora e psicomotricista Débora de Souza Cordella, da cidade de Vacaria no Rio Grande do Sul.
Além de discutir o tema, a professora está diretamente inserida no contexto do filme, uma vez que terá participação juntamente com sua filha Rhaíssa, portadora de Down.
Em recente entrevista publicada no site do (www.cromossomo21.com.br), a professora Débora discorre sobre as potencialidades e possibilidades de sua filha, afirmando que sentimentalmente os portadores possuem uma sensibilidade muito mais apurada do que as pessoas ditas ‘normais’.
“Acredito que pode acontecer sim [o relacionamento entre um portador de down e outra pessoa], mas com certeza enfrentarão muitos preconceitos.Conheço muitos casais de namorados, noivos, os dois com síndrome de down, casais um com síndrome e outro não, são raros. Os jovens com síndrome de down são carinhosos, afetivos, puros, sem malícia e como qualquer outro adolescente, quer namorar e quem sabe casar. São verdadeiros e expressam seus sentimentos.
A maneira de conduzir essas emoções, esses sentimentos é um impasse para pais, escola,profissionais e sociedade. Ppodemos ajudar conversando, explicando, informando. Tenho certeza que o Filme Cromossomo 21 ajudará também a mudar esse olhar”.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

“Cromossomo 21” fecha parceria com a Secretaria de Cultura de Gramado

Através do cineasta Luiz Rangel, a equipe do filme Cromossomo 21 esteve reunida nesta sexta- feira, dia 30, com o subsecretário de Gramado Paulo Pontes. A pauta foi viabilizar a divulgação do longa- metragem durante a realização do Gramado Cine Vídeo 2010, que será realizado de 8 a 13 de novembro. O Festival reúne produtores de audiovisual de todo o Brasil, premiando os melhores filmes e documentários com o Galgo de Ouro.

Durante o encontro, Rangel explicou a importância de abrir espaço para projetos audiovisuais que promovam a reflexão, como é o caso do Cromossomo 21. Paulo disse que o tema é inovador e com certeza trará uma nova discussão sobre o universo down, agregando pais, professores, alunos e a comunidade em geral para o debate.” A idéia é abrir um espaço para o projeto durante o Gramado Cine Vídeo, lançando um trailer com as informações do filme, onde cineastas, estudiosos e representantes de entidades de luta pela inclusão poderão discutir o assunto”, destacou Rangel.
Em seguida, o grupo fez contato com o Secretário da Cultura de Gramado, Daniel Bertolucci, que confirmou o apoio. “O Cromossomo 21 estará participando do evento. A partir de agora, faremos contato para consolidar a parceria”, concluiu. A equipe do filme Cromossomo 21, esteve representada pelo diretor Alex Duarte, o ator Fernando Moreira Barbosa e seus pais Darlan e Vera, além do Núcleo de Cinema São Luiz Missões, através de Darceli e Vânia Crestani.




por: Alex Duarte

terça-feira, 3 de agosto de 2010